sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Lúcia

Coçando a língua pra contar a traição da esposa tão elogiada pelo marido besta.Preferi o silêncio "quem não deve não teme" sentencia o ditado popular.Mas vejo que nada tenho pra dizer sobre um caso que a empresa toda comenta e só o besta em questão permanece alheio.
Mulher gostosa com todos predicados sem lhe faltar nada;bom humor,beleza morena,cabelos cacheados escuros como a noite e sensualidade a flor da pele.Diria sexualidade.
Piadas prontas com conotação sexual feita de forma natural a enganar quem quer que fosse.
Ligo pouco ou quase nada para fofocas em geral todo aquele que já foi alvo deste círculo vicioso têm receio de entrar novamente nesta roda morta de pessoas semi-vivas.Mas ouve-me peço-vos veja minha inculpabilidade.
Precisando de dinheiro pra cobrir a creche das crianças(um absurdo o que cobram para cuidar de bebês,serão eles tão maus assim?) horas extras me ajudariam por certo,as fiz durante um bom tempo e na última semana disposto a voltar ao meu turno normal.Peguei o horário ingrato da madrugada.
"Siderúrgicos não dormem" já dizia um certo alguém; ouvi vozes abafadas entre o banheiro e a sala do gerente operacional, lancinantes gritos de prazer confusos: "Para,não para,me agarra"
Urros, gemidos de mulher perdida em deleite, orgia numa Siderúrgica de São Paulo.A curiosidade me fez ficar até o final da sessão pornô gratuita,me escondi atrás de um armário e a surpresa foi que a Santa Esposa de Marco Antônio travou uma sessão louca de sexo com o porteiro e o faxineiro(explicado os urros) verdade seja dita a mulher tem folêgo.
Porteiro e faxineiro conhecidos por todos como Irmãos Tripé (entendido o pedido pra que parassem) os Irmãos Tripé sairam com ar satisfeito, a esposa de Marco Antônio arrumou a saia vermelha e com um rosto de quem esperava mais foi pra garagem.
No dia seguinte foi combinado na empresa que o próximo final de semana seria comemorado o"Dia da Família no Trabalho" a família dos funcionários estavam convidadas(quase intimadas) a frequentar o ambiente onde seus conjuguês apontavam ser seu maior fator de enfermidade.
Falta de paciência com os filhos,impotência,frigidez,horas extras não declaradas no holeriti,estresse,descompromisso com a religião tudo por conta do trabalho e agora num ato de humildade desproporcional as famílias se ajuntam pra ir neste centro de desintegração social ,cada uma fingindo uma felicidade distante.
Marco Antônio se anima e diz:Minha felicidade é ter Lúcia sempre de bom humor.
-Vocês nunca pensaram em se separar?Perguntei informal
-Não,NÃO.Se não a tivesse encontrado estaria por aí a procura-la.
-Quanto tempo estão juntos?
-13 anos de casamento, 3 anos de namoro.Acho bacana esses 16 anos de conhecimento diário.Sempre algo pra aprender uma nova faceta a ser vista.
-Traição nunca te preocupou?
-Claro que sim nunca pensei em trai-la.
-Huuum.
O celular tocou Marco Antônio atendeu afoito e com alegria estonteante no rosto , disse:
-Esta convidado pra jantar hoje em minha casa,pena que tenho hora extra.Mas não desanime Lúcia por mim,pode me fazer esse favor?

Célia e Eu

Célia mulher quase simpática trintona detonada pela raiva,o tempo só lhe fez bem,funcionária pública espremida numa minúscula sala, infeliz por trabalhar na àrea da educação procurava entender oque passaria na cabeça do patrono daquela escola se vivo fosse.
Foi numa dessas tardes de Maio onde quase nada acontece que pela porta da secretaria entra uma senhora alta loira aos berros querendo conversar com a diretora da escola.A mulher de olhos verdes e voz aguda-estridente balança os cabelos de um lado para outro demonstrando belos cachos tratados em salão.O ódio tomou conta ,fazia muito tempo que não sabia o que era um salão só pra ela.
Ao dizer que a diretora não estava a velha loira de cabelos bem tratados lança um olhar de insatisfação e vai até seu carro e traz com insistência um rapaz pela mão:
-Meu filho foi insultado nessa escola por ser homossexual.Onde esta a direção?
Célia olhou para o rapaz procurando pontos efeminados em sua atitude pra sua surpresa o rapaz disse com voz médio-grave:
-Não sou homossexual tenho amigos nesta escola que são,garotas e rapazes.E acredito que devemos ter uma ação contra preconceitos seja racial,étnico,religioso ou de prática sexual.
A mãe olhou para o rapaz absorta.Célia tentou ir em socorro aquela conversa estranha não pelo discurso talvez sincero do rapaz e sim pela falta de sintonia entre mãe e filho.Coisas da atualidade.
Célia paulatinamente com diplomacia incomum disse:A escola só tem a ganhar com atitude de pessoas como seu filho.E vou comunicar essa nossa conversa a direção.Houve agressão física contra você ou contra seus colegas?
-Não.respondeu o rapaz lacônico.
Seu nome sua série e idade por favor? emendou Célia ao rapaz
Animou-se ao ver que o rapaz tinha 19 anos.Aliciamento de menores descartado.
Espantou essa idéia mas não conseguiu deixar de prestar atenção no rapaz de olhos escuros, pele clara, cabelos escuros, voz marcante, lábios grossos médios, charme ao escrever.
A mãe do rapaz quebrou o silêncio com uma frase aguada:Aguardo,melhorias nesta instituição.
Sairam mãe e filho como Júpiter e Saturno dissociados totalmente,visão triste.
Fim de tarde mais de 30 relatórios enviados e mais de 100 recebidos,cobranças do governo,reclamações de professores,irritabilidade da diretora,com esta descobriu que a mãe do rapaz a mal-educada senhora loira foi professora hoje aposentada; explicado seu ódio pelo ensino podre brasileiro.Só os aposentados sabem.
Com sua bolsa de couro no ombro e chave do carro na mão dirigi-se para a garagem da escola,pensando num jantar rápido em casa e algum filme interessante pra assistir em casa fazia um tempo que comprara alguns filmes que continuavam inéditos,os livros tinham tomado seu tempo.
Nélida Pinõn,Adéia Prado,Lygia Fagundes Telles e Marina Colassanti não largavam de seu pé,melhor dizendo os olhos dela não conseguia desgrudar da obra destas mulheres-divas.
Quando chegou próxima ao carro uma voz grave veio-lhe ao encontro,não se assustou.
-Vim me desculpar pelo modo ríspido da minha mãe.Eu acredito que não precisava de nada disso,ainda mais que não teve agressão.
Sua mãe só quis protege-lo.Isso é normal.Afavelmente respondeu
­-Obrigado.
-Moro na avenida Monsenhor Auschberg quer carona?Procurou um tom de pouca proximidade.
-Estou indo assitir um jogo de futebol.
-Mas não esta com roupa adequada.
-Vou assistir apenas,quer vir comigo?
Célia levou segundos pra responder positivamente os filmes inéditos poderiam esperar um pouco mais.
Não entedeu muita coisa de futebol a não ser quando os gols eram feitos.Mas a emoção de ter um tempo pra gritar,espernear sem ter que explicar o por quê,fez tê-la algo bem próximo a orgasmos.
Ficou ali sentada esperando o rapaz voltar dos seus cumprimentos aos seus amigos que perderam o jogo mas continuavam animados pra próxima partida.
-Quer carona?perguntou sorridente
-Acho que estou perto de casa,obrigado.
-Muito agradecimento pra um dia,não acha?
-Desculpa sou assim.
-Desculpo se me convidar mais vezes pra vir aqui.
-Combinado.
Foram embora.
Célia ao chegar em casa cantou juntamente com Elis Regina e as duas bem alto entoavam:São as àguas de Março enfeitando o verão...
Pela manhã ainda impactada pela noite anterior chegou sorrindo ao trabalho e cantarolou.Quando já entediada pelo trabalho que neste dia estava pesado tudo corroborando para um pedido de demissão,ele entrou pela porta de vidro que ela nunca tinha achado bonita,mas que naquele momento se tornou uma das portas de vidro mais bonitas da cidade.
-Vim perguntar sobre o trabalho voluntário na escola.
-Só começa a inscrição em Abril,esta no aviso nas salas de aula.
-Ah,não prestei atenção.A investigou calmamente dando tempo pra ela perceber que ele a queria.
-Hoje não tem jogo de futebol?Sem graça ela perguntou.
-Não mas eu vou precisar de carona.Percebeu que foi direto demais
-Eu vou fazer um trabalho na biblioteca e vou sair no teu horário pode me dar carona?
-Claro.Ainda sem graça esboçou um sorriso.
-Nos vemos mais tarde então.Saiu convencido de ter feito um gol de placa.
Célia saiu no horário do almoço coisa que esporadicamente fazia e foi até sua casa colocou tudo em ordem com coração palpitante e a cabeça dando voltas:Pode ser apenas coisas da minha imaginação.
Mas continuou,a casa estava toda em ordem.Voltou ao trabalho.
Mal podia esperar pra que o fim de tarde chegasse.Chegando enfim, lá estava ele próximo ao carro.Carona perfeita.
Quando ela foi se aproximando da avenida da casa dele.Ele avisou que ficaria na casa de um amigo próximo a casa dela.O coração de ambos formavam uma escola de samba.
Ao parar o carro em frente a casa do amigo dele que era filho de amigos dela,um beijo roubado elo de uma tarde perfeita,não se sabe identificar quem foi o primeiro a beijar,impulso não registrou a hora exata.
Casa dela a duas quadras dali no entanto o carro instrumento pra dois inveterados.
Juventude pra ela,aula de biologia pra ele.
Célia não mais nega carona a jovens acima dos 18 anos,ele não cessa de apresentar futebol a mulheres solteiras.

Vanessa,Fábio e Bia

Nós tratavamos como bons amigos,distorção de amor velado.
Eu um pobre amigo, Vanessa deusa alada,disse isso ao analista coragem falta pra declarar a ela.
Dias desses apareceu com um rapaz de mãos dadas,soco na boca de estômago pela primeira vez senti.Veio apresenta-lo a mim.Perguntas em minha cabeça.
Rapaz mediano,branco,classe média percebi.Vanessa linda negra mais uma vez não entendi.
Já tentaram me dizer que sou racista de fato não sou lembro até de um funk carioca que repete mil vezes a frase"cada um no seu quadrado".Nisso creio e nada mais.
Estou ao lado dela nos dias de sol e chuva, somos iguais como irmãos siameses e vem este rapaz, brotou de onde?
Disse Vanessa:Meu melhor amigo.Apresentou-me assim,chinfrin.
Aceitar essa apresentação de Vanesa é como abraçar um câncer e chamá-lo de irmão.
Peço explicações
Nada compreende e com paciência de fada se põe a explicar.
Numa festa aquela única que não fui com ela,com detalhes me colocou a parte da conquista por ele iniciada.
Vanessa bebia cerveja e ele conhaque olharam-se e ele pediu pra dançar.Simples como um conto de escritor amador completam 3 meses de namoro hoje,tudo isso regado a risadas.Não consegui achar graça mas fingi ser educado,se pudesse...Pularia naquele pescoço magrelo e esmagaria com meus golpes de jiu-jitsu,dois meses de aulas pra alguma coisa serviria.
Vanessa saiu a pegar gelo pra vizinha intrometida.
Nós dois apenas
Seu nome? Fernando
Trabalho?gerente de farmácia
Religião?umbandista
Não bebe,não fuma,vegetariano,ecumênico um bom partido pra qualquer uma garota .
Tinha que encontrar um problema que fosse.Alertar Vanessa minha meta.Salva-la quem sabe alguma
Recompensa,melhor parte desse devaneio.
Achei afinal,o cara é divorciado e tem um filho de 9 anos.Pôxa alguém assim demonstra instabilidade, deve ser um homem grosso,mal educado,ciumento.
Ao içar essa minha cartada de mestre contra Fábio meu inimigo mortal.Vanessa contente informou-me como um anúncio publicitário do governo que conhecera a ex esposa dele e que já fizeram um programa a três.Ela a atual,a ex e o politicamente correto Fabio.
Como assim?Nenhum rancor?,Mágoa que seja,nada?
Perdi Vanessa,em três meses casou-se com seu princípe norueguês.
Faltei ao casamento inventei uma viagem de trabalho mandei um belo presente.
Passeando pelo parque vi um menino jogando futebol sozinho sua mãe atenta sentada um pouco a frente tentava entrar no mundo lúdico do pequeno astro.Convidei-o pra uma partida sua mãe foi a juíza.
Passamos a namorar,juiza ladra e eu.Bia seu nome.
Instabilidade no mundo perfeito de marfim se deu quando numa repentina visita Bia e eu fomos deixar o menino um final de semana com seu pai;o pacifista norueguês ecumênico não demonstrou abalo,Vanessa num sorriso pardo afastou-se.

Motown

A pior parte da vida é fingir sentimentos.
Jurar amor eterno diante de um clérigo solteiro e dezenas de convidados em sua maioria divorciados ou prestes ao ato; capricho dela, falta de oposição minha.Afirmo que as coisas iniciaram-se de forma desastrosa éramos ótimos na cama o problema era quando estavamos de pé.
Cobranças internas e externas,casamento é caro,amigo!
Foi-se o tempo em que os pais da noiva arcavam com metade de festa;orçamento feito parcelas a serem cumpridas se a recompensa fosse satisfatória não reclamaria.
Almoço de domingo entre parentes,missa pela manhã,futebol com cunhado gay,conversa de trabalho com o sogro na melhor das hipóteses antipático.Nomes impróprios retirei de meu vocabulário missa de domingo me levou a isso.
Troquei telefone com a nova secretária do escritório fortuitamente sem relação alguma de interesse tanto meu quanto dela,por continuar com este telefone no bolso por conta do acaso ao chegar em casa depois de um bom banho frio(porra de instalação)sou interrogado pela investigadora Shirley César Dutra Bishop ainda leva meu sobrenome,desgraça.
30 minutos de encenação de ciúmes,encenação sim,sabemos que entramos nesse casamento pra perder
por conta da idade,por tempo de namoro(enrolação diria alguns) seja pelo que fosse,e muito menos pelo que é, ambos sabemos nosso casamento realizou-se pra oficiliazar nossa separação.
É isso,e sem aquelas caras de espanto por favor.
Shirley e eu estamos prontos pra isso e se ainda não estamos nos fortalecemos para um dia estarmos.
Não devemos nada a ninguém,que não nos ouça os donos do Buffet e Salão de Festas.
Embarcamos a dois sem direito a clandestinos.Completamos seis meses de casamento sem receber uma visita sequer;parentes,amigos ou vizinhos... nada.
Acham que ainda estamos em lua de mel.Nossa lua de mel aconteceu do segundo encontro em diante.
O primeiro encontro foi como a maioria,sem sal e sem açúcar.Ei-lo aí:
-Você curte ouvir o quê?
-Black music
-Pô manero, que surpresa.
-Por quê?
-Você toda loirinha assim,imaginei uma coisa mais dance.
-É...prefiro a denúncia sofrida de Billie Holliday e a alegria gritante de Tina Turner.
Fora a minha primeira paixão.
No segundo encontro transamos ao som de Stevie Wonder no meu quarto diante da minha coleção de vinil da Motown,Michael Jackson estava lá espionando.
No dia secreto de nosso divórcio público vou colocar pra tocar Marvin Gaye bem alto,prefiro assim com Motown presente no começo e no fim.

Reunião

Comecei uma briga daquelas,é válido meu pedido.Meu contrato previa um aumento de 30% sobre meu salário assim que eu conseguisse um aumento de 50% nos anunciantes,este homem que vos escreve conseguiu um aumento de 80% em merchandising para a nobre revista um tanto quanto desconhecida Conquistas S/A.
Antes do aumento dado fiz minhas previsões de compras, trocar meu carro 1.0 por um 1.8,finançar meu terno Dolce Gabanna em 6 vezes com juros,e finalmente aquele sapato de cromo alemão que não será meu, mas terei o prazer de flertar com ele durante horas na vitrine enquanto peço meu terno.Já disse que é Dolce Gabbana?
Devo apresentar-lhes...Charlote
Concordo que essa mania brasileira de imitar nomes estrangeiros é péssima mas a beleza dessa garota coloca qualquer feiúra nacional como banalidade a ser esquecida.Moramos no mesmo prédio.Um prazer acordar as 5:30 da manhã com ela sapateando com seus saltos altos antes do trabalho,verdadeira bailarina russa.Certeza me falta se bailarinas russas se dedicam ao sapateado.
Acordaria as 8:00 pra me preparar pra ir ao escritório mas o barulho de Charlotte me faz ir pra esteira caminhar durante uma hora e meia,antigamente eu me preparava rapidamente e pegava elevador no mesmo horário que ela.
-Gosto muito do croassaint da padaria aqui de frente.
Começava assim a conversa sempre, até a padaria ser fechada pela Vigilância Sanitária tive que sair pela tangente e me familiarizar com a idéia de acordarmos juntamente e nos despedirmos de longe.
Passamos a nos encontrar no hall de festas do prédio sempre nas reuniões de condomínio.
Com um Dolce Gabbana dificilmente não serei notado por Charlotte depois um barzinho e então um pedido pra passar a noite no meu apartamento e em meu pensamento sutil,ela prontamente aceitaria.
Final de noite feliz.
Tudo isso seria real se meu chefe concordasse em fazer o correto de me dar o aumento.
Cheguei em sua sala com um rosto sério e voz leve.
-Senhor Carlos neste gráfico esta claro o substancial Au-men-to que consegui trazer para nossa revista.
-Estamos realmente felizes pelo seu bom empenho meu jovem.
-Obrigado.Esperei algo a mais porém ele apenas observava.
-Senhor Carlos sinto-me honrado por poder ajudar nossa nobre revista,meu contrato prevê um aumento de 30% ao atingir um aumento de 50 % nos anunciantes.Com todo respeito senhor consegui 80% de acréscimo nos anunciantes e não penso em adicionais porém venho falar i sobre meu Aumento.
-Rapaz eu entendo teu empenho e posso te dar uma comissão pelo teu bom trabalho.Espero que entenda que somos uma revista nova e com pouca visiblidade no mercado blá,blá,blá,blá.
-Se você tiver alguma proposta de concorrentes posso tentar cobri-la.
Facada final.
Sr. Carlos sabia que era um apelo desesperado de jornalista a beira de um ataque de nervos sem proposta prévia ou tardia de concorrente algum.Agradeci por ter me recebido e sai.
Tudo que sonhei com Charlotte nos planos imaginários foram concretizados e isso apenas com um pedido feito na portaria,sem Dolce Gabbana,sem trocar de carro e nada de sapato de cromo alemão.Charlotte é tão desapegada as coisas materias que minha preocupação em conquistá-la fora absurda,uma verdadeira hippie do século 21.
Fora uma noite sensacional,transa espetacular e na manhã seguinte ao voltar ao apartamento me deparo com Rita,filha da síndica mórmon.Conversas esporádicas e sorrisos rarefeitos me fizeram pensar:
-Um terno Dolce Gabbana e a troca de meu 1.0 por 1.8 me faria ter uma chance maior com Rita.
Novamente um rosto sério e voz leve adentrou a sala do Sr. Carlos.