-Que procuras?
-Se bem vejo estas aí já faz um tempo.Que queres neste baú?
-Que queres?Talvez possa te ajudar.
Ela deixou de insistir e foi pra cozinha havia de terminar o jantar dos hóspedes.A velha se preocupava com aquele rapaz de 25 anos óculos pretos de lentes tão limpas que seus olhos azuis resplandeciam mais.Uma mistura de amor de mãe e desejo de mulher,era uma senhora de seus 65 anos mas estremecia por homens de variadas faixas etárias,sociais ou etnias.Mas por este jovem era um misto de cuidado e sexualidade aflorada,cortava a couve com uma firmeza vinda da excitação de ter estado no quarto do jovem calado de olhos claros brilhantes.
-Onde esta o Carlos,D.Emerinda? a pergunta cortante interrompeu frenesi erótico com aquele vegetal.Rogério o hóspede não querido.
-Me chame de Emmy,já te disse isso.Quantas vezes terei que repetir?
Rogério sabe que sua permanência ali se dá apenas pelo fato de seus pais pagarem em dia e serem amáveis em todas petições de D.Emerinda.
-Sabe como é o gás esse mês,aumentou!Sabe como é a alimentação sempre esta pela hora da morte!Sabe como é por mais que goste de seu filho hospedaria pede um pouco mais de lucro,os gastos são imensos!
Atendida em suas petições a permanência prolongava,mas afeição ao rapaz sempre fora negada.Jovem bonito mas extrovertido ao extremo:homens têm que ter um charme calado. Era o seu ditado sempre repetido entre as muitas amigas do forró.
Rogério leva pouco a sério o fato da falta de empatia entre ele e a dona da pensão contanto que tivesse um telhado lhe abrigando do sol e chuva sem que tivesse de pagar um tostão já lhe era lucro;seu parco salário de auxiliar de escritório ficava entre botequins e casas de massagem,a palavra prostíbulo a tempos desusada uma forma digna de nomear a casa onde vários favores são dedicado aos clientes e pode até ser que tenha massagem.Não?
Rogério pegou uma maçã e saiu.Obteve a resposta de D.Emerinda apenas um resmungo.
-Uhnf!
Era o código ente ambos significava:Esta tudo bem!!! Não se preocupe!!!
Alguns hóspedes desceram pro almço e já saiam pro trabalho.Emerinda deu sorte com hóspedes ao todo 25 na maioria artistas que por mais incrível que pareça tinham dinheiro pra pagar seus pequenos aluguéis cobrado todo dia 05 do mês sem direito à atrasado com pena de gentilmente serem convidados a retirarem-se,ninguém queria ir pra longe dali.Emerinda era uma dessas sérias mulheres convidativas.
Carlos almoçava pouco quase sempre não descia do quarto.
Emerinda levou-lhe sobremesa.Ao entrar no quarto Carlos continuava a investigar o baú velho,Emerinda sentou na cadeira de balanço do quarto colocou a sobremesa sobre a cômoda e ficou a olhar o rapaz.
Carlos tirou a roupa e ficou de frente pra ela.
-Que procuras?disse ele
-Se bem vejo estas aí já faz um tempo.Que queres?repetiu a fala da mulher
Emerinda com olhos úmidos e voz consoladora explanou seus poucos pensamentos naquele instante.
-Quero o favorecimento de teus braços ao meu redor.
-Isso tão somente? desafiou o rapaz
-Podes me oferecer mais? a mulher gostou da brincadeira
-Te ofereço um baú.Confiante ele esperou uma resposta positiva
-Um baú?Estou diante de você pedindo e oferecendo o possível e além deste.E tu me propõe um baú?Irritadiça a mulher se levantou.
-Entendeu mal.O rapaz já flácido tentou explicar.
Enraivecida a mulher saiu.Mais tarde voltou.Encontrou o rapaz remexendo no baú como o dia todo fizera.
-Sou uma mulher envelhecida pelo tempo,negativamente te da o direito de brincar com o que sinto por ti.Iniciou ela.
-Pare teu monólogo,iria te dar o que queria mas pra isso tinhas que aceitar o que tenho.
-Um baú?
-Sim um baú.Qual o mal?Aceitarias um lagarto?Uma Bília?Ou diamante fraudulento?
A beleza de um baú desprezas por necessitar da aprovação de outros;queres sentar em teu bar em um destes teus bailes e contar pra suas muitas amigas o que ganhou de um homem mais novo que lhe trouxe vida.Algo que lhes encham os olhos,que lhe incha o ego.
-Ao aceitar este baú recebe o bem que posso.
Ela ajoellhou-se e lambeu a calça jeans do rapaz na altura da braguilha que denunciava um pênis grande e duro.
-Eu aceito teu baú e o que nele conter.
Levantou-a e com os dedos masturbou-a e beijou lânguidamente
Não houve um amor naquela noite houve sim um encontro de dois corpos quentes maduros.
E na manhã seguinte um rapaz de barba feita sorriso enigmático desceu pro café da manhã e também pro almoço.
Rogério sem coragem de perguntar-lhe esperou ele subir e de súbito foi a Emerinda.
-Emmy que aconteceu com Carlos?
-Já te disse que é pra me chamar de E...Acertou?Sabia que era gracejo este seu esquecimento.
-Que aconteceu ao Carlos?impaciente insistiu.
Emerinda deu de costas e resmungou:
-Uhnf!
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