quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Árvore

Pendurou uma corda na árvore antiga,plantara tão frondosa espécie sendo garoto 10 anos de idade contava, neste tenro período sonhava em ser biólogo após breve explicação do pai sobre o que viria a ser tão profunda ciência,herança familiar os avós maternos haviam exercido esse ofício decidiu a partir daquele dia cuidar do mundo verde.
Naquele quintal plantara de tudo goiabeira,amoreira,hortaliças,flores na varanda de casa era de dar inveja a qualquer floriculturista, viveu entre plantas e família,chegara o período de namoro Rosa sua primeira garota recebeu buquês infindos até o dia que exigiu uma aliança de compromisso recebido dentro de uma violeta.A primeira transa do casal foi inesperada e encostados na bendita àrvore que ele passara a amar desde então;toda ruptura do casal era desfeita com o envio de uma Tulipa e foram tantas Tulipas que a preocupação foi grande caso acabassem as mudas desta conciliadora eficaz.
Casaram-se ao ar livre num campo repleto de beleza natural.Verdade dita este bicho grilo não se tornou biólogo e sim fazendeiro negativamente deixaria sua vida,sua roça pra fazer faculdade longe e depois de casado o que lhe interessava era Rosa e seus possíveis filhos.Estes não vieram.
Por dez anos esperaram,rezaram,fizeram promessas,trocaram de religião,voltaram pro catolicismo mas os rebentos por força do destino os deixaram a esperar por uma vida toda;eles se bastavam.Afilhados tinham aos montes Rosa tinha 6 irmãos ao todo dezesseis sobrinhos,todos queridos e cientes do amor incondicional de tios quase velhos.
Enterrou os pais no cemitério próximo coroas floridas deixava pra cada um toda semana.
Rosa sentiu-se mal no final de uma tarde quando observava o pôr do Sol costume da moça interiorana,um aperto no peito dizia ela,deitou-se e dormiu.Ele despertou ao fecharem o caixão de Rosa e rezarem Ave Maria,chorou.
Ao olhar pro quintal após uma semana sem Rosa,agradeceu aos céus pela vida que teve com bela mulher,pelos afilhados recebidos de presente,pelos pais tão fortes e corajosos nenhuma lágrima escorreu.
Foi ao quarto de depósitos de ferramentas pegou uma corda amarrou firmemente na árvore amiga de tanto tempo,laçou o pescoço num final de tarde de setembro.

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